Primeira palavra.
Primeiro, um silêncio sepulcral, o bater acelerado do coração, que se desvaneceu perante o desgaste dos dias, e depois, o retorno.
Pousou a chávena de chá, com uma lentidão quase excessiva, os olhos postos no líquido inexistente, ao lado alguém fumava, insistindo em partilhar com ele uma séria mistura de químicos potencialmente mortais, ao fundo do café uma discussão idiota fazia abafar todas as outras vozes, á entrada uma máquina, velha, claramente insultada durante muitos anos, tocava uma música igualmente arcaica. E não sustendo a pressão, declarou, numa voz sacudida,
- É verdade, caríssimos, atentai bem no que vos digo. As Luas de Júpiter voltaram, ávidas, serenas na sua característica inquietude.
Mariana d’As Luas de Júpiter
Como diz aquele nosso amigo que nos gostamos bastante: "everybody lies".
Se ele conhecesse as Luas de Jupiter, acrescentaria: "but some people, don't".
Bem-vinda. Creio que todos desejamos estar perto do teu mundo transparente.
Estavas tão bem caladinha, ó alva e pobre versejadora. Tens mesmo de voltar?
Embora saiba que vozes de burro não chegam ao céu, daqui da minha horta queria manifestar o meu júbilo por este ansiado regresso.
É com agrado que te vejo nestas lides novamente. Sempre fiel ás luas...e a ti.
Dani Max[PT]