sábado, dezembro 10, 2005

Estepes; Ser.

Tem um paladar requintado, fino, sublime. Não lhe chegará, jamais, o débil madrugar, nem o carregado escurecer, nem tão pouco o sem sabor das palavras, velhacas, conflituosas. Procura, com insistência, o doce sinónimo daquilo a que, irresponsavelmente, chama ser, e apelida de coisa alguma o substancialmente nobre, o essencialmente verdadeiro.
Negação; Hoje não há pó excessivamente leve, nem dor de alma, e tudo o que vive, são testemunhas do seu refúgio.
É um Lobo das Estepes.

Mariana d’As Luas de Júpiter